segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Feliz Dia de S. Valentim e um Carnaval muito divertido!


Símbolo da República – A bandeira Portuguesa


A bandeira nacional
No dia 5 de Outubro de 1910, da varanda da Câmara Municipal de Lisboa, proclamou-se a República. Saíram milhares de pessoas para a rua a festejar, a notícia espalhou-se rapidamente pelo país e a mudança tornou-se um facto consumado.
Uma mudança tão profunda justificava que se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam usar? E que símbolos?
O governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de gente com grande prestígio para que elaborasse um projecto de bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro; o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente da Marinha António Ladislau Parreira. Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da revolução.
Para justificar os motivos da escolha (a bandeira actual) elaboraram um relatório. Os motivos apresentados, em resumo, baseavam-se no seguinte: o vermelho "cor combativa e quente, é a cor da conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre. Lembra o sangue e incita à vitória"; o verde "cor da esperança e do relâmpago, significa uma mudança representativa na vida do país"; a esfera armilar é o símbolo dos Descobrimentos Portugueses, a fase mais brilhante da nossa História, portanto deve aparecer na bandeira; o escudo com as quinas deve continuar na bandeira como homenagem à bravura e aos feitos dos portugueses que lutaram pela independência; a faixa com sete castelos também deve permanecer porque representa a independência nacional.
O Governo aceitou a proposta mas fez algumas alterações. A nova Bandeira Nacional foi aprovada pelo Governo a 29 de Novembro de 1910 e homologada pela Assembleia Constituinte a 11 de Junho de 1911.


Outras propostas
A aprovação da Bandeira Nacional provocou grandes discussões e houve gente que imaginou outros modelos. Muitos desses modelos foram publicados em jornais, revistas, postais e num almanaque da época.
Guerra Junqueiro, por exemplo, apresentou uma proposta tendo como cores o azul e o branco. Dizia que não eram as cores do rei mas sim as cores da "alma nacional" e portanto não deviam ser abolidas.
Outro proponente foi Joaquim Augusto Fernandes que apresentou um modelo justificando a escolha dos elementos muito detalhadamente. "Sobre fundo de candura (o branco) cinco traços de heroísmo e esperança (vermelho e verde). Em cima, junto à haste, o céu estrelado da nossa fantasia. A lua ostenta um sonho dourado, já realizado - a História de Portugal representada pela esfera armilar e pelo escudo. As dez estrelas mais pequenas são os dez cantos dos "Lusíadas". As quatro estrelas maiores representam a obra dos portugueses em África, na Ásia, na América e na Oceânia".
Além destas houve muitas outras foram propostas...

Retirado de: http://centenariorepublica.pt/escolas/s%C3%ADmbolos-da-rep%C3%BAblica/bandeira-nacional

Símbolo da República - O hino nacional

O hino nacional
Um hino é um canto de louvor. Na Antiguidade cantavam-se hinos aos deuses.
Na Europa multiplicaram-se e aperfeiçoaram-se os hinos religiosos desde a Idade Média.
A ideia de adoptar uma música como símbolo de um país só surgiu no século XIX. Anteriormente era costume escolher para as cerimónias oficiais um tema composto em honra do rei.
No tempo de D. João VI, por exemplo, tocava-se o "Hymno Patriótico", de António Marcos Portugal.
Em 1834, depois da guerra civil e do triunfo dos liberais, o rei D. Pedro IV aprovou uma lei que declarava uma obra sua - o "Hymno da Carta" - como hino nacional. Manteve-se em vigor até à queda da monarquia.
Quando se implantou a República mudaram os símbolos do País. O projecto da nova bandeira desencadeou grandes discussões e apareceram dezenas de propostas. Quanto ao hino, não houve dúvidas. Toda a gente aprovou a escolha de "A Portuguesa", que já existia e era cantada com fervor em homenagem ao povo português e à História de Portugal. O Hino Nacional tem três estrofes, mas geralmente só se canta a primeira.

Letra do Hino Nacional
"A Portuguesa"
Letra: Henrique Lopes de Mendonça
Música: Alfredo Keil

I
Heróis do mar, nobre Povo,
Nação valente, imortal
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal!
Entre as brumas da memória,
Ó Pátria, sente-se a voz
Dos teus egrégios avós,
Que há-de guiar-te à vitória!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
II
Desfralda a invicta Bandeira,
À luz viva do teu céu!
Brade a Europa à terra inteira:
Portugal não pereceu
Beija o solo teu jucundo
O Oceano, a rugir d'amor,
E o teu braço vencedor
Deu mundos novos ao Mundo!
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!
III
Saudai o Sol que desponta
Sobre um ridente porvir;
Seja o eco de uma afronta
O sinal de ressurgir.
Raios dessa aurora forte
São como beijos de mãe,
Que nos guardam, nos sustêm,
Contra as injúrias da sorte.
Às armas, às armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Às armas, às armas!
Pela Pátria lutar
Contra os canhões marchar, marchar!



Retirado de : http://centenariorepublica.pt/escolas/s%C3%ADmbolos-da-rep%C3%BAblica/o-hino-nacional